Qual a história do terreno do Flamengo no gasômetro?
Localizado em uma das áreas mais icônicas e comentadas nos últimos meses do Rio de Janeiro, o Terreno do Flamengo no Gasômetro representa muito além de apenas um espaço físico, representa uma oportunidade significativa para revitalização urbana na cidade. A região, que já foi um centro de atividade industrial e portuária, agora enfrenta desafios contemporâneos de desenvolvimento e sustentabilidade.
O terreno, que pertencia a um fundo de investimentos gerido pela Caixa, foi arrematado pelo Flamengo em um leilão, por mais de R$138 milhões.
Além dos desafios que o time enfrentou na fase de leilão, existem alguns desafios para a construção do estádio também. Uma vez que seja em uma região promissora, pode enfrentar desafios para a construção.
O projeto deve ser acompanhado por um plano de mobilidade urbana que priorize o uso do transporte coletivo e o acesso a pedestres nas imediações, tendo como objetivo a renovação urbana da região da Zona Portuária.
Desafios da revitalização urbana na região
A revitalização do Terreno do Flamengo não é uma tarefa simples. Muitos desafios precisam ser superados para transformar essa área em um polo de desenvolvimento.
Infraestrutura e logística
Um dos principais obstáculos é a infraestrutura existente. O acesso ao terreno e a conexão com o transporte público são cruciais para atrair tanto investidores, quanto futuros residentes. O planejamento urbano deve levar em consideração a adequação das vias e a integração com o sistema de transporte, facilitando a mobilidade e o fluxo de pessoas.
Aspectos ambientais
Outro desafio relevante é a questão ambiental. A revitalização deve incorporar práticas sustentáveis, como a gestão adequada de resíduos, a preservação de áreas verdes e a utilização de materiais ecológicos na construção. O desenvolvimento de um projeto que respeite e valorize a natureza do entorno, é fundamental para garantir a saúde ambiental da região e aumentar a qualidade de vida dos seus futuros habitantes, já que um dos pontos discutidos é a melhora da mobilidade urbana e a construção de novos empreendimentos na região.
Social e comunitário
Além dos aspectos físicos e ambientais, a revitalização do Terreno do Flamengo também deve considerar as interações sociais. É essencial que o projeto leve em conta a comunidade local, promovendo a inclusão e evitando a gentrificação. A participação dos moradores na elaboração de propostas de uso do espaço pode ajudar a garantir que as soluções atendam às suas necessidades e desejos.
Mistura de usos
Um modelo de desenvolvimento que está ganhando destaque nas discussões urbanas é a mistura de usos. A combinação de residências, áreas comerciais e espaços de lazer pode criar um ambiente dinâmico e promissor economicamente. A implementação de empreendimentos que incentivem o comércio local, como mercados e cafés, pode atrair visitantes e moradores, promovendo desenvolvimento da economia local.
Adoção de espaços verdes e sustentabilidade
A inclusão de espaços verdes é uma tendência crescente nas cidades. No caso do Terreno do Flamengo, a criação de áreas de lazer embeleza a região e contribui para a saúde mental e física da população. A integração de práticas sustentáveis, como jardins verticais e sistemas de captação de água da chuva, pode aumentar a resiliência urbana frente às mudanças climáticas.
Valorização de patrimônio e identidade local
É crucial que a revitalização do Terreno do Flamengo respeite e celebre a cultura e a história carioca. Projetos que incorporem elementos do patrimônio local, como a arte urbana, principalmente das comunidades do entorno, podem contribuir para a construção de uma identidade forte e atrativa. Essa valorização promove um sentimento de pertencimento entre os moradores, e atrai visitantes que buscam experiências autênticas, já que o futuro estádio está inserido em uma cidade e região extremamente turística.
O impacto econômico do flamengo e a transformação urbana
A antiga Estação Ferroviária da Leopoldina será recuperada para dar lugar a um conjunto habitacional, um centro de convenção e uma segunda Cidade do Samba, enquanto o terreno do Clube dos Portuários, que foi demolido, dará espaço a um empreendimento privado, provavelmente residencial, assim como outros na região. Em um artigo para o Jornal O Globo, o prefeito Eduardo Paes destacou que o futebol é muito mais do que um esporte que move paixões; ele se tornou um motor da economia no Brasil. Segundo o prefeito, “Estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico mostram que o Flamengo foi responsável por mais da metade dos R$3,96 bilhões de impacto econômico do futebol na cidade em 2023. Estudos preliminares apontam que, com o novo estádio, o clube, sozinho, poderia representar um impacto de R$3 bilhões.”
Conclusão
A revitalização do Terreno do Flamengo no Gasômetro é uma chance de transformar essa área em um exemplo de desenvolvimento urbano sustentável e multifuncional, capaz de integrar práticas de preservação ambiental, mobilidade e uso misto. Com desafios que abrangem desde a infraestrutura e logística até a valorização do patrimônio e a inclusão social, o sucesso desse projeto depende de uma visão colaborativa e de soluções inovadoras.
O projeto reforça também a importância de abordagens integradas e sustentáveis que impactam positivamente a economia e a vida da comunidade, mostrando que, com o planejamento adequado, os desafios podem ser convertidos em oportunidades de crescimento para a cidade do Rio de Janeiro, além de cidades de todo o Brasil
Enquanto o projeto avança, a Terreno Livre se destaca como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento dessa e de outras áreas da cidade, facilitando a conexão entre proprietários, intermediadores e investidores do mercado de terrenos, em busca de oportunidades que respeitem o meio ambiente e o contexto local.